Diante desse cenário, o Ministério Público (MP) venezuelano iniciou uma investigação penal contra os responsáveis pela página da oposição na internet, onde foram publicados os documentos contestados. O chefe do MP, Tarek William Saab, declarou que os documentos são falsificados e têm o objetivo de usurpar ilegalmente as funções do CNE, causando agitação na população.
A oposição e países como Estados Unidos e União Europeia têm utilizado as supostas atas eleitorais para questionar a legitimidade da vitória de Maduro. No entanto, o governo venezuelano acusa a oposição de falsificar mais de nove mil atas, alegando a prática de diversos delitos, como Usurpação de Funções e Forjamento de Documento Público.
Enquanto o CNE não divulga publicamente os dados da votação de cada mesa eleitoral, a oposição mantém sua posição com base nas supostas atas em sua posse, afirmando que representam mais de 80% do total das mesas. O TSJ conduz uma investigação sobre o processo eleitoral e convocou Edmundo González, principal candidato da oposição, que se recusou a comparecer alegando que a perícia do Tribunal usurpa as competências do CNE.
Diante do impasse, o presidente Nicolás Maduro prometeu entregar 100% das atas em posse de seu partido na sexta-feira (8), buscando trazer transparência ao processo eleitoral. Enquanto isso, a tensão política e as acusações de fraude eleitoral continuam a marcar o cenário político venezuelano.