Dentre essas operações, 90 delas exigiram disparos de advertência para que os pilotos das aeronaves suspeitas pousassem ou mudassem de rota conforme indicado pelas autoridades. Em 2021, somente até 3 de julho, houve 207 interceptações, o que representa quase uma por dia. Os alvos dessas ações geralmente são aeronaves utilizadas para o tráfico de drogas ou que violam áreas proibidas, como a Terra Indígena Yanomami.
Uma situação em particular chamou atenção recentemente, quando um avião modelo Cessna 172 foi interceptado na fronteira com o Peru no último dia 28 de julho. Após disparos de advertência, os ocupantes da aeronave queimaram o avião e fugiram, mas deixaram para trás 95 quilos de pasta base de cocaína. Essa operação demonstra a seriedade e eficácia das ações de interceptação da FAB.
A redução no número de interceptações até 3 de julho deste ano em comparação com anos anteriores é um sinal positivo, indicando a eficiência das ações de inteligência prévias realizadas pelas autoridades aeronáuticas. A FAB utiliza uma variedade de meios e informações de diferentes órgãos de segurança pública para identificar e agir contra tráfego aéreo desconhecido de forma preventiva.
É importante ressaltar que as abordagens aéreas seguem regras estabelecidas por um decreto de 2004, assinado pelo presidente Lula, que define as diretrizes para a atuação da FAB em casos de suspeita de tráfico de drogas ou ameaças à segurança. Os procedimentos adotados pelos militares variam de acordo com o tipo de aeronave e o objetivo da missão.
Em resumo, as operações de interceptação aérea realizadas pela FAB desempenham um papel fundamental na proteção do espaço aéreo brasileiro contra ameaças e violações, demonstrando a eficiência e o profissionalismo das forças armadas do país.