A UPBus já havia sido alvo da operação Fim da Linha, realizada pelo Ministério Público em abril, por suspeitas de ligação com o PCC. O presidente da empresa, Ubiratan Antônio da Cunha, também enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa, e foi detido no mês de julho.
Além de Saleh, mais 12 indivíduos foram presos durante a operação Decurio, que resultou na apreensão de celulares, veículos, armas de fogo, dinheiro e relógios de luxo. A ação policial se estendeu por diversas cidades do estado de São Paulo, com mandados de busca e apreensão e prisão preventiva decretados.
A delegacia Seccional de Mogi das Cruzes conduziu a operação, que ainda contou com a participação de outras cidades como Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guarulhos, Santos, Sorocaba, e muitas outras. Os investigadores afirmam ter identificado membros do PCC por meio de apreensões de documentos e aparelhos eletrônicos, ressaltando a atuação da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Direitos da Capital na expedição dos mandados.
Uma descoberta alarmante durante a investigação foi a tentativa do PCC de infiltrar seus membros nas eleições municipais, financiando campanhas e lançando candidatos. Nomes e cidades não foram revelados para evitar interferência no pleito, mas a polícia garantiu que esses candidatos não poderão assumir seus cargos caso eleitos. Uma servidora municipal foi identificada como membro de alto escalão do PCC, no entanto, sua identidade e local de atuação não foram divulgados.
A operação Fim da Linha, liderada pelo Ministério Público de São Paulo, teve como alvo a UPBus e a Transwolff, empresas de transporte que teriam recebido grandes valores da Prefeitura de São Paulo em subsídios, sendo supostamente utilizadas para a lavagem de dinheiro da facção criminosa. Promotores do Gaeco também estão investigando essas empresas por possíveis atividades ilícitas.