Ao longo da semana, a situação se agravou ainda mais, com o nível do rio chegando a 2,07 metros, resultando em uma perda de 44 centímetros desde o início do mês. O rio Madeira é uma importante hidrovia para o transporte fluvial de cargas e passageiros na região amazônica, e a baixa vazão compromete a atividade econômica e a mobilidade na região.
A expectativa é que haja uma melhora gradual nos próximos dias, devido às previsões de chuvas na região, conforme afirmou o pesquisador do SGB, Marcus Suassuna. As precipitações recentes na região do rio Mamoré, em Guajará-Mirim (RO), podem impactar positivamente o nível do rio Madeira, trazendo alívio para a situação crítica enfrentada em Porto Velho.
No entanto, as autoridades alertam que a pior seca já registrada no rio Madeira ocorreu em 2023, e os seis maiores recordes de baixa vazão foram observados nos últimos dez anos. A escassez de chuvas entre novembro do ano passado e abril deste ano agravou a situação, resultando na crise hídrica atual.
Em Porto Velho, o estado de emergência foi declarado devido à estiagem, e medidas estão sendo tomadas para garantir o acesso à água potável para a população afetada. A Defesa Civil está distribuindo hipoclorito de sódio e água mineral, além de perfurar poços artesianos em algumas comunidades. A navegação noturna no rio Madeira está proibida e a capacidade de transporte aquático foi reduzida por questões de segurança.
A Agência Nacional de Águas (ANA) declarou situação crítica de escassez de recursos hídricos no rio Madeira e alertou para o risco de paralisação da hidrelétrica de Santo Antônio devido à baixa vazão do rio. A seca do rio Madeira também afeta outros rios da região de Rondônia, com sete deles apresentando níveis abaixo da cota média e próximos aos registros históricos mínimos.
Diante desse cenário, é fundamental que a população esteja ciente da gravidade da situação e adote medidas para uso consciente da água, a fim de enfrentar a crise hídrica atual.
