Essa proposta, que se destacou por sua flexibilidade na forma de construção e no uso dos espaços, busca evitar que a construção se torne um estorvo para a comunidade e um “elefante branco”. O arquiteto Chakur afirmou que pretende estimular a circulação de pessoas através da criação de grandes calçadões e da integração da praça Princesa Isabel às vias do entorno, com a rua Guaianases destinada exclusivamente ao fluxo de pedestres.
A proposta vencedora foi escolhida por unanimidade pelo júri do concurso, que destacou a sustentabilidade do projeto ao determinar apenas um piso subterrâneo para estacionamentos e a utilização de fachadas duplas, reduzindo a necessidade de uso de ar-condicionado. Além disso, a variação no tamanho dos prédios permitirá ao governo acomodar secretarias e departamentos com diferentes números de servidores.
O projeto também prevê a construção por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada), com um custo estimado de R$ 3,9 bilhões. O edital para a PPP ainda será formulado pela gestão de Tarcísio de Freitas, e o vencedor da licitação deverá contratar o projeto vencedor. O governo destinou uma premiação aos três escritórios com melhor colocação na concorrência, sendo que o primeiro lugar receberá R$ 850 mil e terá o direito de ser contratado para elaboração do projeto pelo valor máximo de R$ 24,1 milhões.
A expectativa é de que o edital para a PPP seja apresentado entre o final deste ano e o início do próximo, com a construção do centro administrativo do governo paulista podendo ser um marco na requalificação da região da cracolândia, trazendo benefícios para a comunidade e a cidade de São Paulo.