Proibição do Uso do Celular nas Escolas Aumenta: Já é Vedado em Quase 30% das Instituições Brasileiras

O uso do celular entre os alunos nas escolas brasileiras é um tema controverso e que tem gerado muitas discussões nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa recente, cerca de 28% das escolas no Brasil proíbem totalmente o uso de celulares, enquanto 64% permitem o uso, mas com regras estabelecidas, como horários e espaços específicos. Apenas 7% das escolas liberam completamente o uso do aparelho.

Essa pesquisa, intitulada TIC Educação 2023, foi divulgada nesta terça-feira (6) e teve a participação de gestores de 3.001 escolas urbanas e rurais de todo o país. O levantamento apontou um aumento nas restrições ao uso do celular nas escolas nos últimos anos, principalmente em instituições que atendem alunos até o 5º e 9º ano.

A proibição do uso do celular nas escolas tem sido alvo de debates em diversos países, devido aos prejuízos associados ao aparelho, como impactos na saúde mental, no aprendizado e no desenvolvimento socioemocional dos alunos. Um relatório da Unesco também alertou para a associação negativa entre o uso de tecnologias, especialmente celulares, e o desempenho dos estudantes.

A coordenadora da pesquisa, Daniela Costa, ressaltou que as restrições ao celular estão mais presentes em escolas que atendem estudantes mais novos e nas redes de ensino municipais e particulares. As diferenças regionais também são evidentes, com o Sudeste apresentando mais políticas de proibição do uso do celular em relação a outras regiões.

Além da proibição, as escolas têm adotado estratégias como a restrição das redes wifi para reduzir a utilização dos celulares pelos alunos. No entanto, o acesso ilimitado a dados móveis e a possibilidade de obter a senha da rede sem fio são desafios para essa estratégia.

Outro ponto destacado na pesquisa é a falta de computadores disponíveis para os estudantes nas escolas, o que os leva a realizar atividades digitais, como redações, em seus celulares. Em muitas escolas estaduais, a proporção de alunos por computador é desproporcional, o que evidencia a necessidade de investimentos em infraestrutura tecnológica nas instituições de ensino.

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