A operação, liderada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público estadual, tem como alvo atividades ilícitas que alimentam um ecossistema criminoso, controlado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). A atuação dos guardas é apenas uma parte dos crimes investigados, que incluem corrupção de agentes públicos e venda de armas.
Durante uma entrevista coletiva para detalhar a operação, o prefeito Nunes afirmou que os problemas apontados pela investigação não são generalizados na Guarda Civil Metropolitana (GCM) e que a prefeitura tem regras rígidas para punir agentes que cometem crimes. Ele destacou o afastamento de dois agentes e reforçou a defesa da corporação.
Ao lado do coordenador da operação, promotor Lincoln Gakiya, o prefeito minimizou o termo “milícia” para descrever a atuação dos guardas-civis investigados. Gakiya esclareceu que a expressão não consta nos documentos enviados à Justiça e ressaltou que a investigação se concentra em agentes públicos envolvidos em atividades ilegais.
A operação, batizada de “Salus et Dignitas”, contou com a participação de diversas agências de segurança, além de órgãos como o Ministério do Trabalho e Emprego, Receita Federal e Anatel. As autoridades destacaram a cooperação inédita entre os diferentes órgãos para desmantelar as atividades criminosas no centro de São Paulo.
No total, cinco pessoas foram presas, incluindo os GCMs acusados, e duas estão foragidas. A investigação continua em andamento, com mais desdobramentos previstos. A prefeitura informou que uma das investigações contra os guardas já foi arquivada, mas novas frentes de apuração estão em curso. A operação representa um esforço conjunto para combater a criminalidade e garantir a segurança na cidade de São Paulo.