Afastado da GCM em junho do ano passado, Antonio Carlos Amorim Oliveira é suspeito de exigir uma taxa mensal de comerciantes da região central para manter os usuários de drogas afastados de suas lojas, movimentando cerca de R$ 4 milhões entre 2020 e 2024. O promotor Lincoln Gakiya, responsável pelas investigações, destaca que o esquema de corrupção envolve policiais, fiscais e a GCM, não sendo possível manter uma situação irregular dessa magnitude.
Outro guarda municipal afastado, Elisson de Assis, também é apontado como chefe de uma milícia que controla as transações ilícitas na região central de São Paulo. A rede de corrupção inclui diversos agentes da GCM e policiais. A investigação revelou pagamentos de taxas de segurança e negociações ilegais de armas.
A operação, realizada sem a participação da prefeitura, buscou desmantelar as atividades ilícitas no centro de São Paulo, incluindo não apenas a venda de proteção ilegal, mas também o comércio ilegal de armas. A atuação multidisciplinar do Gaeco busca desestruturar o ecossistema de crimes na região e romper com o monopólio do PCC no local, contribuindo para a segurança e o combate à corrupção. Ao todo, 85 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além de outras medidas para desmantelar as atividades dos grupos criminosos na região.