Xavier, que recebeu 238 votos nominais e ficou como suplente, é conhecida por liderar uma ocupação no centro da cidade. Ela foi apontada como suspeita de chefiar o tráfico de drogas em um hotel localizado na alameda Barão de Piracicaba. O estabelecimento, segundo investigadores, pertence a Leonardo Monteiro Moja, apontado como liderança do PCC na favela do Moinho.
A defesa de Xavier não se manifestou até o momento. Por sua vez, o diretório municipal do PT afirmou que a candidata nunca participou de atividades partidárias, tendo se filiado apenas em 2019 para concorrer no pleito seguinte, representando os sem-teto. Segundo a sigla, na época da filiação, não havia qualquer processo contra ela.
A operação, batizada de Salus et Dignitas (saúde e dignidade em latim), foi liderada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público, com a participação das polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, além de outros órgãos federais e estaduais. O objetivo da ação foi suprimir a estrutura de controle das atividades criminosas locais para romper o monopólio exercido pelo PCC na região.
Ao todo, foram cumpridos 85 mandados de busca e apreensão, 48 medidas de confisco e bloqueio de bens, e 45 medidas de suspensão de atividades econômicas e de interdição por lacração de estabelecimentos. Sete pessoas apontadas como lideranças ou peças-chave da atuação desses grupos criminosos tiveram prisão preventiva decretada. A operação representa um avanço no combate ao crime organizado na capital paulista.