O PNE, aprovado em 2014 com 20 metas detalhadas para democratizar o acesso à educação e melhorar a qualidade do ensino, está longe de ser cumprido em sua totalidade. Apenas quatro das metas foram integralmente alcançadas, enquanto as demais estão em atraso significativo, algumas até em retrocesso. Além disso, a meta de investir 10% do PIB em educação até 2024, estabelecida pelo PNE, não foi cumprida, com o investimento atual em apenas 5,5% do PIB.
A falta de investimento adequado, a má gestão dos recursos públicos, a desvalorização da profissão docente e as desigualdades sociais são desafios estruturais que impedem o avanço da educação no Brasil. A profissão docente é desvalorizada, com baixos salários, falta de formação continuada e condições precárias de trabalho, o que impacta diretamente na qualidade do ensino.
A crise educacional no Brasil reflete-se na desigualdade de financiamento entre escolas públicas de estados ricos e pobres, na falta de cumprimento do Piso Salarial dos Professores e na defasagem do currículo escolar. Enquanto isso, países como Coreia do Sul, Singapura, Vietnã, Finlândia e Estônia investem em educação de qualidade, com programas de formação de professores rigorosos e eficazes.
É urgente uma transformação na infraestrutura das escolas, na valorização dos professores e na implementação de políticas públicas eficazes para garantir uma educação de qualidade para todos. A mudança na visão das elites políticas e econômicas sobre a importância da educação pública é essencial para o desenvolvimento do país. Investir em educação de qualidade é investir no futuro de uma nação.
