Tartarugas marinhas ameaçadas sofrem com pesca ilegal e poluição nos Lençóis Maranhenses, agora Patrimônio Natural da Humanidade

Localizado na região do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, um Patrimônio Natural da Humanidade reconhecido pela Unesco, as espécies de tartarugas marinhas enfrentam grandes desafios para sobreviver devido aos utensílios de pesca ilegais e à poluição. Biólogos apontam que, apesar do reconhecimento, o aumento do turismo na região pode impactar negativamente as espécies ameaçadas.

Segundo a World Heritage Watch, o título de Patrimônio Natural facilitará a captação de recursos para a conservação do parque. O ICMBio, responsável pela gestão do parque, planeja submeter projetos a instituições nacionais e internacionais para fortalecer as medidas de controle e proteção da biodiversidade.

O projeto Queamar, que monitora tartarugas marinhas na região, tem como objetivo combater a ingestão de lixo e o encalhamento das espécies. A coordenadora do projeto, Larissa Barreto, acredita que o título de Patrimônio Natural pode impulsionar ações de fiscalização e pesquisas mais eficazes para proteger as tartarugas.

No entanto, o lixo trazido pelo mar até as praias dos Lençóis Maranhenses continua sendo um grande desafio. O aumento da fiscalização e de pesquisas científicas pode melhorar a segurança das tartarugas e embasar a gestão do parque em ações preventivas. Em 2023, o monitoramento identificou 11 tartarugas mortas, número que reforça a importância das ações de conservação.

José Pedro de Oliveira, representante da World Heritage Watch, destaca a importância do título da Unesco para a conservação do parque, que abriga diversas espécies ameaçadas de extinção. O reconhecimento também traz recomendações para a preservação do local e o envolvimento das comunidades tradicionais na proteção da biodiversidade.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses possui uma diversidade única de fauna e flora, o que o torna um patrimônio mundial essencial para o turismo sustentável e para a conservação ambiental. A participação ativa das comunidades locais e o combate à pesca predatória são fundamentais para a proteção das espécies e da paisagem do parque.

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