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Fiocruz inicia 56 novos projetos de saúde nas favelas do Rio de Janeiro, beneficiando mais de 385 mil pessoas e ampliando investimentos.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deu início, esta semana, a 56 novos projetos de saúde integral em favelas do Rio de Janeiro. Em parceria com instituições da sociedade civil, a Fiocruz amplia o plano iniciado no ano passado, totalizando até agora um investimento de R$ 22,2 milhões em 146 projetos em 33 cidades do estado, beneficiando cerca de 385 mil pessoas.

Durante um evento na última sexta-feira (2), representantes das organizações sociais selecionadas pela chamada pública receberam orientações sobre cronogramas e processos para execução dos projetos, além de painéis sobre a participação das instituições parceiras.

Os próximos meses reservam diversas ações, como treinamento profissional em saúde, atividades relacionadas à saúde mental, projetos para o desenvolvimento da agroecologia, iniciativas de comunicação e informação voltadas para arte e cultura, e produção de diagnósticos sociais das políticas e serviços de saúde nas favelas abrangidas pelo plano.

Mario Moreira, presidente da Fiocruz, ressaltou a importância do diálogo próximo com os territórios para a sustentabilidade das ações e construção de um sistema de saúde com participação social.

As favelas contempladas pelos projetos de saúde integral receberão um montante de R$ 5,6 milhões, sendo que mais da metade das propostas foram formuladas por organizações que não participaram do primeiro edital realizado em 2021.

Segundo Richarlls Martins, coordenador-executivo do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, a entrada de novas instituições fortalecerá a descentralização das ações, promovendo uma avaliação mais assertiva do impacto. A ampliação da participação da sociedade civil na saúde das favelas visa reduzir as desigualdades na área da saúde e em outras áreas.

A Fiocruz destaca o incremento das atividades em diversas cidades do estado, como Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Mesquita, Itaguaí e Belford Roxo. Além disso, está prevista uma estratégia específica para a elaboração de um Plano Integrado de Saúde na Favela da Rocinha, mapeando ações de vigilância popular em saúde e proporcionando um documento para subsidiar ações coordenadas entre a gestão pública de saúde e a sociedade civil.

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