Netão não seguiu inicialmente os passos que pareciam traçados para ele, já que, ao sair do ensino médio, optou por estudar direito em Piracicaba (SP), buscando seguir os passos do pai, um renomado advogado em sua cidade natal. No entanto, o destino o levou para o jornalismo quando, em 1987, ele prestou vestibular para cursar Jornalismo na Unesp de Bauru e descobriu sua verdadeira paixão: o fotojornalismo.
Com uma câmera Zenit em mãos, Netão realizou seus primeiros ensaios fotográficos no trem que ligava Santa Bárbara a Bauru, dando início a uma carreira brilhante. Ele passou por diversas redações, como Diário de Bauru, a sucursal da Folha em Ribeirão Preto e Folha da Tarde, além de ter atuado no jornal O Estado de S. Paulo e no Grupo Folha, onde se destacou como fotógrafo esportivo.
Além de sua carreira jornalística, Netão era um talentoso cozinheiro, herdando suas habilidades de sua mãe, que era professora de artes. Ele também tinha grande apreço pela música, ouvindo desde Mozart até BaianaSystem, e era fã do cinema de Jim Jarmusch.
Netão deixou como maior legado sua filha Sofia, nascida em 2008, e sua paixão pela liberdade de viajar com sua Harley-Davidson. Sua personalidade brincalhona e sua habilidade de fazer amigos e aglutinar pessoas farão muita falta. Seu aniversário, que seria em 4 de agosto, certamente será lembrado com saudade por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
Netão deixa um vazio não apenas na imprensa, mas na vida daqueles que tiveram o prazer de conviver com ele. Sua partida deixa um legado de profissionalismo, paixão e amizade, que será lembrado eternamente por todos aqueles que tiveram a honra de cruzar seu caminho.