O ministro da Educação na época da reforma de 2017, deputado Mendonça Filho, avaliou positivamente a sanção presidencial. Ele destacou o intenso diálogo entre o Congresso e o Ministério da Educação, ressaltando que o governo preservou o acordo firmado com o Parlamento. Apesar de não considerar o texto ideal, Mendonça Filho celebrou a flexibilidade curricular e o protagonismo dos alunos na escolha de seus itinerários formativos.
No entanto, o veto presidencial em relação às mudanças no Enem gerou discordância. Para a senadora Teresa Leitão, o processo de discussão foi promissor, mas ela lamentou a restrição em alguns pontos em relação ao debate realizado no Senado. A senadora considerou positiva a retomada da carga horária da formação geral básica para 2.400 horas, mas destacou a necessidade de manter o Enem focado apenas na formação geral.
Outro ponto de discordância foi em relação à exclusão da obrigatoriedade do ensino de espanhol no novo currículo. O deputado Felipe Carreras argumentou que garantir o ensino da língua mais importante da América do Sul poderia abrir portas profissionais e pessoais, facilitando intercâmbios e parcerias internacionais.
Apesar das divergências, as mudanças no ensino médio representam um avanço no sistema educacional brasileiro, com a manutenção de alguns aspectos originais e a introdução de ajustes necessários para melhorar a qualidade da educação oferecida aos estudantes. A continuidade do diálogo entre governo, Congresso e sociedade civil será fundamental para garantir o sucesso e a eficácia dessas reformas.