Repórter São Paulo – SP – Brasil

Jogos Olímpicos de Paris 2024: Equidade de Gênero e o Combate ao Sexismo na Transmissão das Modalidades Esportivas

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 prometem marcar um importante avanço na busca pela equidade de gênero no esporte. Com a maior participação feminina dos últimos 100 anos, com metade dos competidores formada por mulheres, e com medidas como a orientação para os operadores de câmera evitarem registros sexistas das atletas, a edição deste ano está fazendo história.

Yiannis Exarchos, responsável pela transmissão dos jogos, anunciou que foram atualizadas as diretrizes para evitar estereótipos e sexismo na cobertura esportiva. Essa medida busca combater o “viés inconsciente” dos profissionais, que costumam capturar mais imagens aproximadas das mulheres, o que reflete a estrutura machista e misógina presente na sociedade.

Historicamente, as mulheres no esporte sempre foram alvo de sexualização, refletida até mesmo nos uniformes diferentes das modalidades. Exemplos recentes de protesto contra essa sexualização foram a equipe norueguesa de handebol de praia, que se recusou a usar biquíni, e as ginastas alemãs, que abandonaram os collants em favor de um traje mais coberto.

Além de combater o machismo e o sexismo, é fundamental reconhecer a diversidade de corpos e experiências das atletas. A representatividade no esporte deve ser acompanhada de uma reflexão sobre como as mulheres são retratadas e narradas na mídia esportiva. A presença de mais mulheres profissionais no jornalismo esportivo é essencial para combater comentários sexistas, como o feito pelo jornalista Bob Ballart durante uma transmissão da Eurosport.

O progresso em busca da igualdade de gênero no esporte ainda é gradual, mas os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão dando passos importantes nessa direção. Que as próximas edições, como os Jogos de Los Angeles em 2028, continuem promovendo a participação e a representatividade das mulheres no universo esportivo.

Sair da versão mobile