Os meios de comunicação estatais venezuelanos e as redes sociais têm divulgado vídeos que documentam os ataques e atos de violência ocorridos nas últimas semanas. Desde a confirmação da vitória de Maduro nas eleições recentes, a oposição denunciou fraudes e convocou manifestações em protesto. O presidente Nicolás Maduro, ao comentar a violência nas ruas e exibir vídeos dos ataques a prédios públicos e comerciais, questionou a natureza pacífica desses atos, desafiando o alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Türk.
Críticas têm sido direcionadas ao governo venezuelano por prisões em massa e pela escalada da violência nas ruas. Autoridades de outros países e organizações não governamentais também se pronunciaram sobre a situação, expressando repúdio às ações do governo. Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência em novembro, condenou a violência, o assédio e as ameaças contra manifestantes pacíficos e intervenientes políticos na Venezuela.
O governo Maduro alega que os responsáveis pela violência são grupos organizados e pagos para cometer atos violentos. Vídeos divulgados pelos meios de comunicação oficiais mostram supostos manifestantes presos admitindo que receberam dinheiro para realizar ataques. Maduro responsabilizou seus principais adversários políticos, como Edmundo González e María Corina Machado, pela violência e prometeu criar um fundo de ressarcimento para as vítimas dos distúrbios.
Apesar dos atos violentos, também ocorreram manifestações pacíficas no país. González e Machado lideraram um ato em Caracas para expressar solidariedade ao povo venezuelano e pedir que as forças de segurança cessem a repressão contra manifestações pacíficas. O cenário atual na Venezuela é tenso e marcado por confrontos políticos e sociais que ameaçam a estabilidade e segurança da população.