Além de sua atuação na Philarmônica, Rêgo também teve uma orquestra de frevo e um grupo de seresta, demonstrando sua versatilidade e paixão pela música. Seu legado vai além da música, ele foi responsável por inserir canções populares nos repertórios das orquestras, expandindo os horizontes musicais na região.
Nascido em 1941 em uma família de músicos, Rêgo foi criado pela tia Clotildes, que o adotou para protegê-lo do destino trágico de seus irmãos. Desde cedo ele demonstrou talento musical, acompanhando os ensaios da Philarmônica com seu pai. Mesmo tendo que trabalhar desde cedo para ajudar em casa, nunca abandonou sua paixão pela música e ainda se formou em história.
Casado por 47 anos, Rêgo teve cinco filhos e, após ficar viúvo, dedicou uma composição a cada um deles. Seus filhos seguiram seus passos musicais, com três deles tocando instrumentos e o caçula, Alan Charles, fazendo parte da Philarmônica 21 de Setembro.
O maestro realizou diversos sonhos ao longo de sua vida, mas infelizmente não teve tempo de formar outra orquestra, um de seus desejos. Seu velório, que contou com homenagens da Philarmônica 21 de Setembro e da Polícia Militar da Bahia, foi marcado pela emoção e pelo talento musical de sua família, que prestou uma última homenagem tocando a música “Amigos Para Sempre”.
A morte de Fernando Rêgo representa uma perda irreparável para a música e a cultura de Petrolina, deixando um legado de talento, dedicação e paixão pela arte. Sua memória será eternizada através da música e dos músicos que ele formou ao longo de sua vida.