A aldeia situa-se na reserva indígena Sawré Muybu, que foi delimitada há cinco anos, mas ainda não foi homologada. O cacique da aldeia, Jairo Saw Munduruku, expressou sua desilusão com a falta de ação do governo, especialmente do ex-presidente Lula, em assinar a homologação da reserva. Enquanto aguardam por essa decisão, garimpeiros invadem o território em busca de ouro, degradando o ambiente natural e contaminando os rios com mercúrio.
Os impactos da mineração ilegal são evidentes na região, com a água do rio Jamanxim passando de clara e verde para suja e opaca devido às atividades dos garimpeiros. A contaminação por mercúrio afeta gravemente a saúde dos habitantes de Sawré Aboy, em especial as crianças, que são mais vulneráveis aos danos neurológicos causados pela substância.
A visita do jornalista à aldeia revelou um sentimento de abandono por parte do governo, que, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, não tem tomado medidas efetivas para proteger o meio ambiente e os povos indígenas. A criação do Ministério dos Povos Indígenas parece não ter resolvido os problemas enfrentados pelas comunidades nativas, que continuam sofrendo com a destruição de seus territórios.
Além disso, a política ambiental do governo Lula levanta questionamentos, já que o desmatamento na Amazônia e no cerrado tem aumentado, apesar das promessas de preservação do ex-presidente. A falta de ação efetiva contra as queimadas e a exploração de petróleo na região da Foz do Amazonas contradiz o discurso internacional de proteção ambiental.
Diante desses desafios, a aldeia Sawré Aboy clama por medidas mais eficazes para proteger seu modo de vida e o meio ambiente ao seu redor. A frase do cacique Jairo Saw Munduruku resume bem a importância da preservação ambiental: “Riqueza de verdade é um rio limpo”.