Seca no Acre provoca emergência do governo devido à falta de água, queimadas e erosões na região amazônica.

O estado do Acre decretou situação de emergência devido à severa seca que assola toda a região amazônica, gerando escassez de água, incêndios florestais e erosões preocupantes. O governador Gladson Cameli, do partido Progressistas, tomou essa decisão com base em relatórios técnicos que mostram uma significativa redução nos níveis dos rios desde o mês de junho.

O decreto emergencial destaca que as chuvas na região estão abaixo do esperado e essa situação deve perdurar até novembro, que historicamente é um mês de baixa pluviosidade no Acre. A falta de água tem impactado especialmente as comunidades indígenas, com risco de isolamento devido à dificuldade de navegação dos rios. Além disso, houve aumento nos preços dos alimentos, dificuldades no abastecimento de medicamentos e prejuízos à infraestrutura de saúde, prejudicando hospitais e postos médicos.

Outro problema enfrentado pelo estado são as erosões que estão colocando em risco a segurança da população. Na capital, Rio Branco, foi registrada movimentação no calçadão do Novo Mercado Velho, uma atração turística importante, o que acarreta em ameaças aos prédios históricos e construções próximas. Parte da área já foi interditada como medida de precaução.

Diante desse cenário desafiador, o decreto estabelece uma série de medidas emergenciais, incluindo ações de socorro e assistência às comunidades isoladas. O governo estadual também autorizou recursos extraordinários para abrigar e ajudar essas populações afetadas. O prazo de validade do decreto é de 180 dias, podendo ser prorrogado se necessário.

O estado vizinho, Amazonas, também decretou emergência em 20 municípios afetados pela seca, assim como pelos incêndios florestais. O governador Wilson Lima, do partido União Brasil, tomou medidas para combater essas crises ambientais, proibindo a prática de queimadas por 180 dias e criando comitês específicos para lidar com as situações mais críticas.

As autoridades temem a repetição do cenário do ano anterior, quando a seca atingiu níveis extremos, causando graves impactos socioeconômicos e ambientais. A população ribeirinha, as comunidades indígenas e a flora e fauna da região continuam sob ameaça devido à escassez de água e à degradação do ecossistema amazônico.

Portanto, é urgente que medidas efetivas sejam tomadas para lidar com essas emergências e evitar danos irreparáveis à região amazônica e às populações que dependem dela para sua sobrevivência e bem-estar.

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