Repórter São Paulo – SP – Brasil

Juros futuros fecham em baixa antes da decisão do Copom, em movimento técnico de correção, com destaque para queda nos rendimentos dos Treasuries.

Os juros futuros encerraram em queda nesta terça-feira, 30, em um movimento técnico de correção que ocorre um dia antes da decisão do Copom. Neste dia, os rendimentos dos Treasuries e os preços do petróleo também recuaram, o que contribuiu para um alívio na curva dos juros futuros.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 ficou em 10,695%, registrando uma mínima em relação aos 10,735% do dia anterior. Já o DI para janeiro de 2026 recuou de 11,73% para 11,64%, atingindo também um valor mínimo. Para janeiro de 2027, a projeção era de 11,92%, comparado aos 12,00% do ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2029 estava em 12,09%, frente aos 12,18%.

Apesar de uma pressão de alta no início do dia, a tendência de baixa prevaleceu ao longo da sessão, principalmente por fatores técnicos, de acordo com o estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, Luciano Rostagno. Ele apontou que esse movimento se assemelha ao que ocorreu entre o fim de junho e início de julho, quando houve uma queda nos juros futuros e no dólar.

Esse ajuste nos juros futuros antes da decisão do Copom não é uma coincidência, pois a precificação da Selic na curva está bastante agressiva, com expectativas de altas de 25 pontos para as próximas reuniões deste ano, a partir de setembro. Para a reunião do Copom que acontecerá no dia seguinte, os DIs indicavam 72% de chance de manutenção da Selic em 10,50%. As elevações da Selic já estão considerando uma comunicação “hawkish” por parte do Copom, mas sem indicar um início imediato de aperto monetário.

Os dados fortes do Caged à tarde impactaram pontualmente na curva dos juros futuros, com as taxas diminuindo um pouco o ritmo de queda após a divulgação do saldo positivo de 201.705 vagas de emprego em junho. No cenário internacional, os rendimentos dos Treasuries recuaram antes da decisão do Federal Reserve, e houve aversão ao risco devido aos bombardeios em Beirute, capital do Líbano, por parte de Israel. Os preços do petróleo também caíram pelo terceiro dia consecutivo, preocupados com a demanda.

Em resumo, o mercado financeiro está em alerta para a decisão do Copom, com expectativas de manutenção da Selic em 10,50%, mas com a possibilidade de alterações no cenário dependendo de eventos futuros, como a eleição americana e a situação da economia global.

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