A absorção de dióxido de carbono pela vida vegetal desempenha um papel fundamental na desaceleração das mudanças climáticas, absorvendo uma parte significativa das emissões anuais provenientes de fontes humanas. No entanto, em 2023, essa absorção de carbono entrou em colapso, causando um aumento de 86% na taxa de crescimento do dióxido de carbono na atmosfera em comparação ao ano anterior.
O coautor do estudo, Philippe Ciais, do Laboratório para Ciências Climáticas e Ambientais (LSCE), alertou que a absorção de carbono da Terra diminuiu significativamente em 2023, impactando diretamente no ciclo natural desse processo. As altas temperaturas e os eventos climáticos extremos foram apontados como os principais responsáveis por esse desequilíbrio, prejudicando a capacidade das florestas em absorver mais carbono e alimentando incêndios devastadores.
Apresentado na Conferência Internacional de Dióxido de Carbono, em Manaus, o estudo foi liderado por cientistas da China, Inglaterra e França, que investigaram as causas desse fenômeno preocupante. Embora seja importante destacar que a absorção de carbono da Terra varia de ano a ano, os pesquisadores ressaltaram a importância de monitorar de perto essa tendência e tomar medidas efetivas para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
O estudo encontra-se em processo de revisão por pares em uma revista acadêmica, mas a comunidade científica já considera suas conclusões sólidas e preocupantes. Diante desse cenário, fica evidente a urgência de adotar políticas e práticas sustentáveis para preservar os ecossistemas e combater os efeitos do aquecimento global.