Durante o evento, o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destacou a importância do Sul Global nesse contexto, ressaltando as dificuldades enfrentadas por esta região durante a pandemia, especialmente no acesso a produtos essenciais como as vacinas. Moreira enfatizou a necessidade de uma nova abordagem nas relações Norte-Sul, onde as condições científicas e tecnológicas dos países do Sul sejam respeitadas e se promova uma distribuição mais equitativa da produção.
A Declaração do Rio de Janeiro incluiu seis pontos cruciais, entre eles a criação de uma Aliança para Produção, Inovação e Acesso Regional e Local, bem como a colaboração entre as agências reguladoras visando a harmonização regulatória entre os países. Além disso, o documento destaca a importância do compartilhamento de informações, transferência de tecnologias e investimentos em pesquisa, desenvolvimento e produção.
Os signatários enfatizaram que a concentração das cadeias globais de suprimentos de saúde nos países do Norte tem sido um obstáculo para os países do Sul, dificultando o acesso a insumos essenciais como vacinas e equipamentos médicos. Nesse sentido, a colaboração entre os países se mostra fundamental, com uma abordagem inclusiva na elaboração de leis e regulamentos, respeitando a soberania e as particularidades de cada nação.
A declaração representa um importante passo rumo a uma cooperação mais justa e eficiente no enfrentamento de crises de saúde pública, promovendo uma maior igualdade entre os países e reconhecendo o potencial de contribuição do Sul Global na preparação para futuras pandemias.