A doença, apesar de ser mais comum no inverno, não é ocasionada pelo frio, como muitos acreditam, mas sim por agentes infecciosos que circulam com maior intensidade nessa época do ano. Um dos principais causadores da bronquiolite é o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por um grande número de internações e óbitos de crianças pequenas no Brasil, especialmente aquelas com sintomas gripais que evoluem para a Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Dados da plataforma Infogripe da Fiocruz revelam que, até o dia 20 de julho, mais de 22 mil casos de bronquiolite em crianças de até 2 anos foram registrados, com cerca de 200 mortes. Esses números representam um aumento em relação ao mesmo período do ano passado, evidenciando a importância de um diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença.
A ausência de uma vacina específica para o VSR em crianças tem levado as autoridades de saúde a buscarem alternativas para prevenir a doença. A Anvisa autorizou o uso de uma vacina para gestantes, visando a proteção dos bebês por meio da transmissão de anticorpos durante a gestação. Além disso, a Pfizer solicitou a avaliação da inclusão da sua vacina no Programa Nacional de Imunizações, com eficácia comprovada na prevenção de formas graves da doença em bebês.
Para os idosos, que também são vulneráveis ao VSR, existem opções de vacinas disponíveis no mercado. A prevenção da doença nesse grupo é fundamental, pois o VSR pode desencadear outras complicações de saúde em indivíduos com comorbidades, como diabetes e insuficiência cardíaca.
A análise para a inclusão de vacinas no Calendário do SUS leva em consideração não só o risco da doença, mas também o custo-benefício do imunizante e seu impacto na saúde pública. A prevenção da bronquiolite em bebês deve ser uma prioridade, mas outros grupos, como os cardiopneumopatas crônicos, também merecem atenção especial para evitar complicações graves decorrentes do VSR.
Em resumo, a bronquiolite, causada pelo VSR, é uma condição que merece atenção e cuidados especiais, especialmente em bebês e idosos. A busca por alternativas de prevenção e tratamento eficazes é essencial para reduzir as taxas de internações e óbitos relacionadas a essa doença respiratória.
