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Justiça aceita denúncia contra dez acusados de tráfico após morte de empresária no Amazonas, envolvendo seita religiosa com uso de drogas

A Justiça Estadual do Amazonas aceitou, nesta sexta-feira (26), a denúncia do Ministério Público contra dez pessoas acusadas de tráfico de substâncias entorpecentes, no contexto da investigação iniciada após a morte da empresária Djidja Cardoso, protagonista do Boi Garantido no Festival de Parintins entre 2016 e 2020.

Os réus incluem Cleusimar Cardoso Rodrigues e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão de Djidja, além de outras oito pessoas. Cleusimar e Ademar, juntamente com dois outros réus, permanecem detidos, com o pedido de relaxamento da prisão negado pelo juiz Celso Souza de Paula, da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes.

No início de junho, o advogado Vilson Benayon, responsável pela defesa dos acusados, buscava uma perícia para avaliar a saúde mental de Cleusimar e Ademar, alegando que agiam sob o efeito de drogas. A morte da empresária no final de maio levantou suspeitas de overdose de cetamina, uma substância anestésica com propriedades sedativas e psicodélicas.

A Polícia Civil investiga o uso abusivo da cetamina e a possível ligação com a morte de Djidja. Suspeita-se que os familiares da vítima estejam envolvidos em uma seita religiosa que promovia o uso ilegal da droga, com a promessa de alcançar um plano espiritual superior.

Além do tráfico de drogas, a investigação abrange possíveis crimes como falsificação, adulteração de produtos terapêuticos, estupro de vulneráveis e cárcere privado. A primeira audiência de instrução está marcada para 4 de setembro, onde testemunhas serão ouvidas, seguidas pelos acusados.

O Ministério Público pode apresentar novas denúncias relacionadas ao caso, à medida que a investigação avança. O processo tramita em segredo de Justiça, mantendo os detalhes sobre o andamento das investigações sob sigilo.

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