A tragédia de Mariana, considerada o maior desastre ambiental brasileiro, ocorreu em 2015 devido ao rompimento de uma barragem em uma mina da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP, resultando em 19 mortes e muita destruição. A Vale e a BHP estão enfrentando ações judiciais no Brasil e no exterior para cobrança de danos morais e materiais relacionados ao desastre.
Apesar das críticas do ministro Silveira, a Vale demonstrou avanços em suas operações no primeiro semestre de 2024, com crescimento da produção e do lucro em relação ao ano anterior. No segundo trimestre, a empresa registrou volumes recordes de produção e vendas de minério de ferro, alcançando um lucro de R$ 14,6 bilhões.
O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, destacou durante a teleconferência com analistas que a empresa apresenta um aumento na produção há três trimestres consecutivos e está avançando em projetos de investimento para expandir sua capacidade. Além disso, a companhia anunciou a distribuição de US$ 1,6 bilhão em dividendos aos acionistas.
No entanto, o mandato de Bartolomeo tem sido alvo de disputas políticas, especialmente com o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atuou para evitar sua recondução. Lula tem buscado influenciar na escolha do sucessor de Bartolomeo, chegando a sugerir nomes como Guido Mantega e Dario Durigan.
Em meio a todas essas questões, a Vale enfrenta uma série de desafios, incluindo o processo de sucessão, as negociações do acordo de Mariana e as críticas de Lula e aliados em relação à empresa. O desfecho desses temas terá impacto não apenas na Vale, mas também no setor de mineração e na economia brasileira como um todo.