A Escudo, marca da gestão de Tarcísio de Freitas na segurança pública, está prestes a completar um ano, e seu saldo oficial registra 93 mortos por policiais. Entretanto, se considerados todos os casos de mortes atribuídas à PM na região, esse número sobe para 110.
Dentre os sobreviventes, outro motoboy, que prefere manter sua identidade no anonimato, relatou um momento de pânico em que policiais invadiram sua casa e o atingiram com um disparo de arma de fogo ao confundi-lo com um suspeito. A versão dos policiais difere da narrativa do motoboy, que ressaltou não possuir antecedentes criminais e estar apenas exercendo seu trabalho de forma honesta.
Infelizmente, a violência policial durante a Operação Escudo não se restringiu apenas aos casos citados. Outros relatos de abusos de autoridade e ferimentos graves por parte dos policiais emergiram, questionando a conduta da polícia e a alegação de legítima defesa.
Silva, o motoboy ferido durante a operação, enfrenta até hoje crises de pânico e vive com medo de represálias, temendo pela segurança de sua família. A investigação dos casos envolvendo os policiais e os sobreviventes ainda está em andamento, sem uma conclusão definitiva sobre as responsabilidades dos agentes envolvidos.
A sociedade clama por justiça e transparência nas ações da polícia, e espera que os responsáveis respondam pelos excessos cometidos durante a Operação Escudo, de modo a garantir a segurança e a integridade dos cidadãos. O caso serve como alerta para a necessidade de reformas e treinamentos que visem aprimorar a atuação policial e evitar abusos de poder no futuro.