Segundo o especialista, a redução no superávit comercial foi influenciada por uma ligeira queda nas exportações e um aumento nas importações. Esses movimentos, de acordo com ele, resultaram em uma diminuição do saldo positivo na balança comercial. Rocha ressaltou que as exportações apresentaram desaceleração na quantidade exportada, crescendo com taxas menores e uma redução nos preços. Já as importações registraram um aumento na quantidade de mercadorias importadas, com destaque para a importação de veículos, especialmente os veículos elétricos.
No entanto, o déficit em conta corrente no primeiro semestre de 2024 foi impulsionado pela conta de serviços, conforme apontado por Fernando Rocha. O saldo negativo de US$ 18,691 bilhões nesse segmento foi considerado “bastante baixo” pelo chefe do Departamento de Estatísticas do BC. Ele explicou que o aumento no déficit acumulado no primeiro semestre foi devido principalmente ao aumento de 27,3% no déficit de serviços, enquanto o superávit comercial reduziu 9,9%.
Apesar da redução no superávit, as exportações no acumulado do primeiro semestre cresceram 0,6%, alcançando o maior valor da série histórica do Banco Central para primeiros semestres de cada ano, totalizando US$ 69,2 bilhões. Enquanto o déficit externo do país permanece em valores baixos, o ingresso de capitais estrangeiros de longo prazo, especialmente os Investimentos Diretos no País, continua financiando integralmente esse saldo, demonstrando a estabilidade das contas externas brasileiras, conforme ressaltado por Rocha.