No mês de junho, o cenário não foi diferente, com a arrecadação total das Receitas Federais atingindo R$ 208,8 bilhões, um aumento real de 11,02% em comparação com junho de 2023. Esse desempenho se refletiu tanto nas Receitas Administradas pela Receita Federal, que arrecadou R$ 1,235 trilhão no semestre com acréscimo real de 8,93%, quanto na arrecadação do PIS/Pasep e da Cofins, que cresceram 18,79% totalizando R$ 256,2 bilhões.
O bom desempenho econômico, especialmente na produção industrial e nas vendas de bens e serviços, foi apontado como um dos principais motivos para o aumento da arrecadação. Além disso, a retomada da tributação sobre os combustíveis e a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições também contribuíram para o crescimento da arrecadação.
Outros destaques foram o crescimento real de 20,59% da arrecadação do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre Capital e o aumento real de 21,26% da arrecadação do Imposto sobre a Renda da pessoa Física (IRPF). A Receita Previdenciária também apresentou uma arrecadação de R$ 316,9 bilhões no semestre, com crescimento real de 5,37%, impulsionado pelo crescimento da massa salarial e outras medidas como a postergação do pagamento da Contribuição Previdenciária para municípios em estado de calamidade pública.
Em relação às enchentes no Rio Grande do Sul, a Receita estimou uma perda de arrecadação de R$ 8 bilhões entre janeiro e junho deste ano. Apesar desse impacto, os resultados da arrecadação federal no primeiro semestre de 2024 foram considerados robustos, refletindo o bom momento da economia e a eficácia das políticas tributárias implementadas.