Repórter São Paulo – SP – Brasil

Prevalência de obesidade e anemia entre adultos é preocupante, aponta relatório da FAO divulgado hoje.

Novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) revela que tendências crescentes de obesidade em adultos e anemia em mulheres de 15 a 49 anos são motivo de preocupação. De acordo com o documento, a prevalência de obesidade entre adultos aumentou de 12,1% em 2012 para 15,8% em 2022, com uma projeção de ultrapassar 1,2 bilhão de pessoas até 2030. Já a anemia em mulheres de 15 a 49 anos cresceu de 28,5% em 2012 para 29,9% em 2019, com previsão de atingir 32,3% até 2030.

Por outro lado, o relatório aponta uma redução no atraso do crescimento infantil, indicando uma mudança positiva global. No entanto, a FAO destaca que o mundo continua distante de alcançar o objetivo de erradicar a fome até 2030, com uma prevalência global de subnutrição se mantendo em níveis semelhantes nos últimos anos. A pandemia de covid-19 contribuiu para um aumento acentuado na fome, afetando entre 713 e 757 milhões de pessoas em 2023, principalmente em regiões como África.

O relatório ressalta a falta de soluções comuns quanto ao financiamento para a segurança alimentar e nutricional, destacando a necessidade urgente de ações conjuntas nesse sentido. A FAO destaca a importância de aumentar o financiamento público e privado, por meio de parcerias, para combater a fome e a insegurança alimentar. Segundo o relatório, países de baixa e média renda, incluindo o Brasil, estão aumentando os gastos públicos com segurança alimentar e nutrição, apesar dos desafios enfrentados.

Essas questões serão discutidas em eventos como a Cúpula do Futuro em setembro deste ano e a Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento no próximo ano, segundo a FAO. O relatório serve como um alerta sobre a necessidade de ações imediatas e globais para lidar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição, que afetam desproporcionalmente as crianças, as mulheres, os jovens e os povos indígenas. O custo da inação é consideravelmente mais alto do que investir em soluções para esses desafios, conforme indicado pela FAO.

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