As operações-padrão são comuns em atividades administrativas e podem resultar em uma prestação de serviços mais lenta devido ao rigor excessivo nas atividades. No caso da Abin, a operação-padrão teve início após um impasse nas negociações entre o governo federal e os servidores em relação ao reajuste salarial e à reestruturação de carreiras.
Em resposta à imprensa, o MGI ressaltou que a coordenação do concurso unificado está em contato com a Abin para tratar de questões relacionadas ao certame e que não há indicação de mudanças na operação que garantam a segurança do processo seletivo. O Ministério informou que conta com a colaboração da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, secretarias de Segurança Pública estaduais, Fundação Cesgranrio, Correios e profissionais da Abin na rede de segurança do concurso.
Por outro lado, o sindicato dos oficiais e técnicos da Abin discordou da posição do MGI, argumentando que a Agência contribui significativamente para a segurança e integridade das provas, além de auxiliar na logística e fornecer informações sobre possíveis interferências no processo seletivo.
As negociações entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e as entidades representativas dos servidores da Abin continuam, com uma nova rodada de negociações marcada para esta quarta-feira (24). O governo federal apresentou uma proposta de reajuste salarial que prevê ganhos entre 14,5% e 25,3% acumulados de 2023 a 2026, recebendo críticas dos servidores da Abin que estão em desacordo com alguns pontos da proposta.
Diante dessa situação, a Abin anunciou a operação-padrão das suas atividades, afirmando que não conseguirá garantir a segurança e atender às demandas de forma eficaz. A preocupação da Agência é evidente, uma vez que isso pode impactar não só na prestação de serviços, mas também na segurança do país.