Ydney era apontado como auxiliar direto de Marílio dos Santos, considerado o mandante do crime que vitimou Mãe Bernadete com 25 tiros na comunidade quilombola Pitanga dos Palmares. A prisão preventiva foi realizada pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico da Polícia Civil da Bahia, que também apreendeu uma pistola e porções de drogas com o suspeito.
Além de Ydney, outras cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público da Bahia por suspeita de participação no assassinato. Arielson da Conceição Santos, Josevan Dionísio dos Santos, Marílio dos Santos, Ydney Carlos dos Santos de Jesus e Sérgio Ferreira de Jesus foram denunciados por homicídio triplamente qualificado.
A investigação apontou que Mãe Bernadete lutava contra a instalação de um bar chamado Pitanga Point, erguido por traficantes na comunidade de Simões Filho. O estabelecimento estava sendo construído em uma área de preservação permanente e a líder quilombola havia acionado a polícia para evitar sua instalação.
Segundo as investigações, a morte de Mãe Bernadete teria sido ordenada por Marílio dos Santos, com o apoio de Ydney Carlos dos Santos de Jesus, ambos líderes do tráfico de drogas na região. Arielson da Conceição Santos e Josevan Dionísio dos Santos foram os executores do crime, entrando na residência da vítima e disparando 25 tiros enquanto roubavam celulares.
Mãe Bernadete era uma figura de destaque na luta pelos direitos das comunidades quilombolas, sendo coordenadora nacional da Conaq e líder do Quilombo Pitanga dos Palmares. Ela recebeu ameaças por anos e foi vítima de um crime de mando, segundo seu filho Jurandir Wellington Pacífico.
A prisão dos suspeitos e a condução do caso para julgamento popular são passos importantes na busca por justiça pela morte da líder quilombola, que dedicou sua vida à defesa das comunidades tradicionais e à denúncia da violência sofrida por elas. O legado de Mãe Bernadete segue vivo através da luta contínua por justiça e igualdade.