Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ditador da Venezuela lança críticas ao sistema eleitoral do Brasil, EUA e Colômbia durante comício na noite de terça-feira

Em um comício na noite de terça-feira, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez críticas aos sistemas eleitorais do Brasil, Estados Unidos e Colômbia, levantando questões sobre a auditoria das atas eleitorais. Sem apresentar provas, Maduro afirmou que o Brasil não realiza auditoria nas atas eleitorais, ao contrário da Venezuela, que realiza auditorias em tempo real em 54% das mesas.

Durante seu discurso inflamado, Maduro questionou se os Estados Unidos e a Colômbia realizam o mesmo tipo de auditoria em seus sistemas eleitorais. Ele enfatizou a importância da transparência e segurança dos processos eleitorais, incluindo a presença de auditorias como forma de garantir a integridade do sistema.

No entanto, é válido ressaltar que no Brasil, a Justiça Eleitoral é responsável por conduzir a auditoria das urnas eletrônicas. O Tribunal Superior Eleitoral descreve detalhadamente o processo de auditoria, que inclui a votação paralela e a comparação dos boletins de urna impressos com os dados registrados eletronicamente.

As críticas de Maduro foram feitas em meio a uma troca de farpas com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que também se pronunciou sobre as declarações do ditador venezuelano. Lula expressou sua preocupação com a possibilidade de um “banho de sangue” caso a oposição vença as eleições na Venezuela.

Essa não foi a primeira vez que Maduro e Lula divergiram publicamente. Em março, o governo brasileiro criticou Maduro por não permitir a inscrição de uma opositora para disputar as eleições. Maduro, por sua vez, defendeu-se das críticas afirmando que um eventual governo de oposição na Venezuela resultaria em um banho de sangue, fazendo referência a eventos passados na história do país.

Maduro governa a Venezuela desde 2013, sucedendo a Hugo Chávez. Suas eleições foram marcadas por controvérsias e alegações de fraudes, o que gerou críticas e questionamentos internacionais. Com a proximidade das eleições na Venezuela, a tensão política e as trocas de acusações entre Maduro e seus opositores continuam a marcar o cenário político do país.

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