A proposta de acordo abrange principalmente um aumento salarial, deixando de lado a maioria das reivindicações dos servidores. Em carta, a Ascema criticou o governo de Lula (PT) por negociar com descaso e menosprezo, considerando a importância da pauta ambiental para os objetivos do governo.
O presidente Lula, que apostou sua reputação internacional na proteção da Amazônia e na restauração da liderança climática do Brasil após o retrocesso ambiental do governo anterior, não respondeu ao pedido de comentário da agência de notícias Reuters.
Wallace Lopes, um dos diretores-adjuntos da Ascema, destacou que mesmo que a greve seja encerrada, a desaceleração do trabalho continuará, o que pode atrasar o licenciamento de projetos de óleo e gás e outras atividades que dependem de autorizações ambientais. Os funcionários do Ibama estão preparados para manter essa desaceleração até a COP30, programada para acontecer em Belém em 2025.
A falta de licenças está impactando a produção de 200 mil barris de petróleo por dia, afetando as operações da Petrobras em três campos de petróleo. O acordo proposto surge após uma decisão do STJ que determinou, a pedido do governo, que os funcionários do Ibama retomassem suas atividades de licenciamento e prevenção de incêndios florestais, mesmo estando em greve.