A Polícia Militar foi acionada e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) compareceu ao local para averiguar a situação. Após a vistoria, constatou-se que a granada era inoperante e possivelmente remontava à Segunda Guerra Mundial. Apesar do susto inicial, o abrigo foi liberado após a remoção segura do artefato.
O Centro Temporário de Acolhida Prates I, onde ocorreu o incidente, já havia sido alvo de críticas anteriormente. Uma matéria da Folha publicada anteriormente evidenciou as más condições do abrigo, com fotos mostrando um bebedouro interditado, presença de animais na área do refeitório e problemas na estrutura do local, como a ausência de portas.
Em resposta às críticas, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social declarou que equipes de supervisão realizam vistorias regulares nos equipamentos da pasta. Além disso, a pasta destacou que os centros de acolhimento recebem manutenção, zeladoria e higienização diariamente, além de serviços periódicos de controle de pragas.
Em julho de 2023, o abrigo chegou a ser considerado como um local para receber dependentes químicos da cracolândia, porém essa proposta foi posteriormente descartada após manifestações de moradores e comerciantes locais. Um frequentador do Centro de Acolhida Prates descreveu o local como insalubre e comparou-o a um “purgatório e regime semiaberto”, citando desafios como a falta de um bebedouro em condições adequadas para atender às necessidades dos residentes.
Diante desses acontecimentos, a questão das condições de acolhimento e assistência aos moradores em situação de rua em São Paulo volta a ser pauta de discussão, evidenciando a importância de garantir ambientes seguros e dignos para essa população vulnerável.
