Brasil estuda adesão à Iniciativa do Cinturão e Rota da China em megaprojeto de infraestrutura e investimento. Presidente Lula avalia proposta.

O presidente Lula anunciou em um evento em São José dos Campos (SP) que o governo está elaborando uma proposta para aderir à Iniciativa do Cinturão e Rota, um projeto de infraestrutura e investimento da China, mais conhecido como a “nova rota da seda”. Essa declaração marca um momento inédito em que o governo fala abertamente sobre a possibilidade de adesão, algo que vinha sendo debatido internamente desde a visita do presidente à China em abril do ano passado.

Durante o evento, Lula abordou a importância de preparar uma proposta que avalie os benefícios para o Brasil ao participar desse projeto. A adesão à nova Rota da Seda é um tema que vem sendo discutido internamente há mais de um ano, envolvendo debates sobre os prós e contras da iniciativa liderada pelo governo chinês do presidente Xi Jinping.

A parceria com a China é de grande interesse para o Brasil, que é um dos poucos países da América do Sul que ainda não aderiu à iniciativa. A China tem sido historicamente um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e tem investido em diversas áreas do país. No entanto, a decisão de aderir à Iniciativa do Cinturão e Rota pode afetar as relações do Brasil com seus parceiros ocidentais, como os Estados Unidos e a Europa.

Além disso, Lula expressou o desejo de construir uma “parceria estratégica de muitos anos” com a China, destacando a importância de fortalecer os laços entre os dois países, que celebram 50 anos de relações diplomáticas este ano. Essa parceria vai além do agronegócio, abrangendo áreas como Defesa, aviação, exploração espacial e investimentos em energia e indústria automobilística.

O Brasil e a China têm uma extensa pauta de interesses em comum, que incluem projetos de cooperação em diferentes setores. Está em discussão a possibilidade de exportar jatos comerciais para a China, lançar um novo satélite geoestacionário conjunto e firmar parcerias na área de defesa, como a possível compra de parte da estatal Avibrás pela estatal chinesa Norinco.

Essas negociações e acordos entre Brasil e China representam uma abertura para uma maior colaboração entre os dois países, buscando estabelecer uma relação estratégica de longo prazo que possa beneficiar ambas as nações e impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico em diferentes setores.

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