Além da anulação da resolução, o pedido à Justiça envolve também a anulação das manifestações de interesse dos diretores de escola em aderir ao programa. O Programa Escola Cívico-Militar, enviado pela gestão estadual em março e aprovado após uma tramitação rápida com 54 votos favoráveis e 21 contrários, tem raízes na linha de pensamento bolsonarista na área educacional.
Tarcísio de Freitas prometeu a implementação do modelo em São Paulo após o fim do programa nacional de fomento a escolas cívico-militares, criado por Jair Bolsonaro e encerrado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa recebeu amplo apoio da base aliada do governador, principalmente dos deputados da bancada da bala.
O programa também está sendo alvo de contestação no STF, onde é questionada a constitucionalidade da lei que institui as escolas cívico-militares. Em sua defesa, Tarcísio alega que o modelo promove os direitos humanos e o civismo, sendo implantado apenas com a consulta e aprovação da comunidade escolar. O governador ainda enfatiza que a lei não cria uma nova modalidade de ensino e não infringe competências federais.