Durante esta semana, autoridades colombianas e amazonenses, representantes do governo federal e especialistas em segurança pública e questões indígenas se reunirão para discutir estratégias no combate ao tráfico de drogas na região, que tem alto índice de aliciamento de indígenas e mulheres para o crime.
Um dos pontos principais da agenda é o lançamento do projeto “Defensoria Pública da União (DPU) nas Fronteiras”, em parceria com a Senad, visando atender as demandas nos presídios locais e proporcionar acesso à defensoria para mulheres e indígenas ligados ao tráfico.
Além disso, a secretária Marta Machado lidera a implementação de uma metodologia para redução de danos no uso de drogas específicas para indígenas, incluindo reuniões com líderanças locais e rodas de escutas com jovens.
De acordo com Machado, a necessidade de uma intervenção específica nas comunidades indígenas se dá pela crescente questão do aliciamento e uso de drogas, exigindo uma abordagem diferenciada que considere aspectos culturais e sociais dessas populações.
A missão também visa promover o desenvolvimento comunitário e oferecer alternativas econômicas para as populações vulneráveis, inspirando-se em projetos bem sucedidos na Colômbia de substituição do plantio de coca por culturas legais como café e cacau.
No Brasil, adaptações serão necessárias devido à realidade do tráfico de drogas como país de trânsito, mas a Senad está empenhada em encontrar soluções inovadoras para combater esse problema complexo e multifacetado que afeta a região de Tabatinga.
Essa iniciativa demonstra o comprometimento do Ministério da Justiça em abordar não apenas a repressão, mas também o lado social do tráfico de drogas, buscando promover uma segurança pública mais abrangente e eficaz.