Institutos renomados como Datincorp, Delphos e Meganálisis projetam a vitória de Edmundo, representante da Mesa da Unidade Democrática (MUD) e apoiado pela política María Corina Machado. Por outro lado, o Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), Hinterlaces e Internacional Consulting Services (ICS) preveem que Nicolás Maduro será reeleito, conforme informações da Telesur, veículo estatal do país.
O sociólogo e economista político venezuelano, Luis Salas, destacou que as pesquisas eleitorais no país historicamente tendem a favorecer o voto da oposição, citando erros cometidos por institutos de pesquisa em eleições anteriores. Já a especialista Carmen Beatriz Fernández, da DataStrategia, alertou para os desafios da medição de votos na Venezuela, apontando volatilidade do eleitorado e possíveis falhas metodológicas.
Com a Venezuela possuindo a maior reserva de petróleo do mundo, as eleições deste domingo representam um marco importante para o futuro do país. O presidente Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nove concorrentes em uma disputa que tem a participação unificada da oposição pela primeira vez desde 2015, após anos de boicote às eleições nacionais.
Além disso, a Venezuela enfrenta um cenário de crise econômica e pressões internacionais, com sanções econômicas impostas por países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia. Apesar de alguns sinais de recuperação econômica nos últimos anos, o país ainda enfrenta desafios como a migração em massa de sua população e a instabilidade política, com denúncias de prisões de opositores.
Diante deste contexto complexo, a Venezuela se prepara para um dia eleitoral que promete ser crucial para o futuro do país, com a expectativa de uma votação que pode definir os rumos políticos e econômicos da nação sul-americana.