Repórter São Paulo – SP – Brasil

Presos iniciam motim na Penitenciária I de Franco da Rocha, denunciando opressão e diretoria da prisão, sem reféns.

Na tarde deste sábado (20), os presos da Penitenciária I de Franco da Rocha, localizada na Grande São Paulo, iniciaram um motim dentro da unidade prisional. A situação alarmante mobilizou a Polícia Militar e equipes do Grupo de Intervenção Rápida da Secretaria da Administração Penitenciária, que se dirigiram para o local na rodovia Edgar Máximo Zamboto.

Segundo informações recebidas, o motim teria sido motivado por alegações de opressão por parte dos detentos. Cartazes com a frase “chega de opressão” foram exibidos, juntamente com a inscrição “PCC” no chão, referente ao Primeiro Comando da Capital. Agentes do GIR precisaram intervir com disparos de balas de borracha contra os detentos amotinados, que também atearam fogo em objetos dentro da penitenciária.

Além das queixas sobre a suposta opressão, os presos também demonstraram insatisfação com os diretores do presídio. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas provocadas pelos detentos.

Vale ressaltar que, apesar do clima tenso, a Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que não há reféns no local. O dia do motim coincide com o período de visitas aos presos na unidade, o que aumenta a tensão e a complexidade do cenário.

Este episódio de rebelião acontece apenas alguns dias após outro motim na capital paulista, desencadeado pela remoção de presos do CPP Butantan, na zona oeste de São Paulo. A ação de transferência foi tomada devido à superlotação e às recentes fugas registradas na penitenciária.

Diante desses graves acontecimentos, a Secretaria da Administração Penitenciária afirmou que o CPP do Butantã não será desativado, mas passará por ajustes no perfil dos custodiados, visando a adequação da estrutura do local à população carcerária.

O tumulto na Penitenciária I de Franco da Rocha e os desdobramentos no sistema prisional do estado de São Paulo refletem a crise enfrentada pelo sistema penitenciário brasileiro, evidenciando a necessidade de medidas efetivas para a resolução dos problemas estruturais e de gestão nas unidades prisionais.

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