Motim em Penitenciária de Franco da Rocha expõe grave crise no sistema prisional paulista, alerta sindicato de servidores.

Na manhã de hoje (20), detentos da Penitenciária I de Franco da Rocha, localizada na Grande São Paulo, protagonizaram um motim que preocupou autoridades e a população local. Até o momento, não há informações sobre feridos durante o tumulto, tampouco sobre as causas que levaram os presos a se rebelarem.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) afirmou que o motim foi controlado com sucesso e a situação foi estabilizada, sem nenhum refém sendo feito. O Grupo de Intervenção Rápida, composto por agentes penitenciários preparados para lidar com situações de crise, já estava presente no local para tomar as devidas medidas.

De acordo com a SAP, está sendo realizado um levantamento para avaliar os danos causados nos pavilhões afetados pela rebelião. Enquanto isso, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado São Paulo (Sifuspesp) emitiu uma nota denunciando a precariedade do sistema prisional paulista, classificando a situação como uma “tragédia anunciada”.

Segundo o sindicato, o sistema prisional do estado de São Paulo enfrenta um déficit de um terço dos policiais penais, além do sucateamento das unidades, o que tem contribuído para um aumento da violência e dos motins. Desde 2022, o Sifuspesp tem alertado as autoridades sobre a iminente crise, que resultou em rebeliões, mortes e fugas dos regimes semiabertos.

A superlotação também é um problema grave nas unidades prisionais do estado. A Penitenciária I de Franco da Rocha, que tem capacidade para 914 detentos, abrigava atualmente 1.398 pessoas, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária.

Diante desse cenário caótico, o sindicato alerta para a escalada da violência no sistema prisional paulista e cobra medidas urgentes das autoridades para garantir a segurança dos servidores e da população. A situação expõe a ineficácia das gestões passadas e a falta de investimento na segurança pública, gerando um ambiente propício para rebeliões e episódios de violência dentro das prisões.

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