Repórter São Paulo – SP – Brasil

Corte de verbas na Alemanha ameaça Fundo Amazônia: Ministra garante compromisso para 2024, mas futuro é incerto para 2025.

A crise orçamentária que atingiu o governo da Alemanha nos anos de 2023 e 2024 levou o Ministério das Finanças a tomar medidas drásticas para manter o teto de gastos. Entre os cortes de verbas anunciados, estão incluídas as cooperações internacionais, o que coloca em risco projetos como o Fundo Amazônia, do qual a Alemanha é um dos principais doadores.

Apesar disso, a ministra Svenja Schulze, responsável pela pasta de Desenvolvimento e Cooperação, assegurou que o compromisso com o Fundo Amazônia e os pagamentos baseados em resultados para a conservação da floresta amazônica serão mantidos. Em uma visita ao Brasil, Schulze afirmou que a Alemanha continuará sendo um parceiro confiável e manterá seus investimentos no país.

Desde a criação do Fundo Amazônia, a Alemanha já depositou 75 milhões de euros, sendo 20 milhões após a reativação do fundo em 2023. A ministra está no Brasil para uma visita de seis dias, que inclui compromissos em Santarém, no Pará, encontros com autoridades como Marina Silva, do Meio Ambiente, e participação em reuniões do G20 no Rio de Janeiro.

Durante uma entrevista exclusiva à imprensa, Schulze destacou a importância da proteção das florestas e a necessidade de apoio internacional. Além disso, a ministra defendeu a taxação de super-ricos, medida que considera benéfica para setores como saúde, meio ambiente e infraestrutura.

Os cortes no orçamento de 2024, que reduziram os gastos de 11,2 bilhões de euros em 2023 para 10,3 bilhões, foram anunciados pelo porta-voz do ministério alemão de Desenvolvimento e Cooperação. O orçamento para 2025 ainda aguarda a aprovação do parlamento, o que pode levar semanas ou até meses.

Apesar do cenário incerto para o próximo ano, a ministra garantiu que os investimentos para projetos de cooperação, como o Fundo Amazônia, estão assegurados para 2024. Para 2025, no entanto, o futuro desses recursos ainda permanece em aberto, aguardando decisões parlamentares.

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