Repórter São Paulo – SP – Brasil

Aumento de 12% em armas de fogo com registro vencido preocupa Polícia Federal e especialistas em segurança pública.

Segundo dados divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de armas de fogo com registro vencido na Polícia Federal aumentou 12% em 2023, chegando a um total de 1.719.064 unidades, em comparação com 1.532.803 do ano anterior. Os estados com os maiores arsenais vencidos são São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

Esse aumento levanta preocupações sobre o controle de armas pela PF, especialmente porque, a partir de 2025, os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) estarão sob a responsabilidade do órgão. Atualmente, mais de 1,3 milhão de armas estão nas mãos dessa categoria, e a fiscalização desse arsenal é feita pelo Exército.

A Polícia Federal solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a criação de novos cargos para assumir as atribuições relacionadas aos CACs, alertando que sem essa reestruturação o serviço pode entrar em colapso. A PF é responsável por cadastrar as armas dos cidadãos no banco de dados Sinarm e a renovação dos registros é essencial para manter o controle sobre o paradeiro das armas.

Especialistas destacam a importância da renovação dos registros para confirmar a localização das armas e se a pessoa ainda possui as condições necessárias para mantê-las. O relatório do Tribunal de Contas da União apontou falhas do Exército na concessão de registros, permitindo que condenados pela justiça obtivessem autorização para possuir armas.

Diante desse cenário, a Polícia Federal terá um desafio ainda maior ao assumir a responsabilidade pela fiscalização dos CACs, clubes de tiro, lojas de armas e emissão de certificados de registro. A reestruturação proposta pela PF visa garantir o controle adequado do arsenal de armas no país e evitar que armas nas mãos erradas contribuam para a criminalidade.

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