Os réus, Daniel Shaw, Louise Lancaster, Lucia Whittaker de Abreu, Cressida Gethin e Roger Hallam, receberam penas que variaram de quatro a cinco anos de detenção. O juiz que presidiu o julgamento afirmou que os ativistas haviam cruzado a linha que separa ativistas preocupados de fanáticos, justificando as sentenças mais longas para aqueles que exerciam papel de liderança na organização do movimento.
Durante o julgamento, foi revelado que os ativistas participaram de uma reunião virtual no Zoom, na qual discutiram detalhes da organização do protesto na autoestrada e buscaram apoio à ação. Um jornalista infiltrado gravou parte do conteúdo da videochamada, que foi fornecido à polícia e utilizado como prova no processo.
As ações dos ativistas resultaram em prejuízos financeiros e sociais, culminando em acidentes e colisões que impactaram a autoestrada e a segurança no local. O juiz criticou a postura dos ativistas, afirmando que eles se nomearam como únicos árbitros das questões climáticas, agindo sem considerar os direitos dos demais cidadãos.
A sentença imposta aos ativistas foi alvo de críticas por parte de organizações não governamentais, especialistas em clima e até mesmo do relator especial da ONU para os defensores da causa ambiental. A decisão foi considerada desproporcional e um reflexo do endurecimento da legislação promovido pelo governo britânico para lidar com protestos ambientais no país.
A prisão dos ativistas do Just Stop Oil ressalta a tensão entre liberdade de expressão e direito de protesto e as medidas repressivas adotadas por alguns governos para coibir ações consideradas disruptivas. O caso levanta questionamentos sobre os limites do ativismo ambiental e a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a proteção do meio ambiente e os direitos individuais.