Repórter São Paulo – SP – Brasil

Certificação para exportação de carne de aves é revista após foco de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tomou uma decisão importante esta semana que afeta diretamente o setor de exportação de carnes de aves e seus produtos. A pasta reviu a certificação para exportações após a confirmação de um foco da Doença de Newcastle (DNC) em um estabelecimento de produção avícola comercial localizado no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.

Essa medida foi tomada como uma forma preventiva para garantir a transparência do serviço oficial brasileiro perante os países importadores dos produtos de carne de aves. A certificação para exportação é um acordo bilateral entre os países parceiros e, por isso, o Mapa modificou o Certificado Sanitário Internacional (CSI) para atender aos requisitos acordados.

Com essa revisão, a exportação de carnes de aves e seus derivados fica restrita para 44 países. Para alguns mercados, como China, Argentina, Peru e México, a suspensão vale para todo o território brasileiro. Já para outros países, como África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, entre outros, a suspensão se restringe ao estado do Rio Grande do Sul.

Alguns produtos específicos tiveram suas exportações proibidas temporariamente, como carne fresca, congelada, ovos e ovoprodutos, entre outros. No entanto, produtos submetidos a tratamento térmico para determinados destinos não têm restrições e poderão ser certificados normalmente.

Essa decisão impacta diretamente a economia do Rio Grande do Sul, que é o terceiro maior exportador de carne de frango do Brasil. Nos primeiros seis meses do ano, o estado exportou 354 mil toneladas de carne de frango, gerando uma receita de US$ 630 milhões. Essas exportações representaram uma fatia significativa do total exportado pelo país no mesmo período.

As regras de suspensão estão sendo revisadas diariamente pelo Mapa, que busca manter a transparência e garantir a qualidade dos produtos brasileiros no mercado internacional. O objetivo é erradicar o foco da Doença de Newcastle e retomar as exportações o mais breve possível.

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