Além desses fatores, a valorização do dólar também foi impulsionada pela fraqueza da economia chinesa e pelos desdobramentos políticos nos Estados Unidos. Rumores persistentes de que o presidente Joe Biden pode desistir de buscar a reeleição em novembro contribuíram para a instabilidade no mercado cambial.
O índice DXY do dólar, que monitora as variações da moeda americana em relação a outras seis moedas importantes, encerrou o dia em alta de 0,19%, atingindo 104,369 pontos. Analistas destacam que o cenário econômico global está preocupando investidores, com questões sobre a situação da China, o impacto da política de segurança em relação a Taiwan e a possibilidade de medidas protecionistas nos Estados Unidos em caso de uma vitória de Donald Trump.
No mercado europeu, a libra esterlina teve uma queda após dados decepcionantes sobre as vendas no varejo no Reino Unido. Enquanto isso, o euro também apresentou desvalorização, chegando a US$ 1,0880, em meio a preocupações com o crescimento econômico da região.
No Japão, o iene também sofreu uma leve queda em relação ao dólar. O Banco do Japão recebeu pedidos para reduzir pela metade suas compras mensais de títulos, conforme revelado nas atas de uma reunião com instituições financeiras. O dólar chegou a ser cotado a 157,48 ienes.
Esses movimentos no mercado cambial refletem a incerteza e a volatilidade que têm marcado a economia global nos últimos tempos, com os investidores atentos a qualquer sinal de mudança nas condições econômicas e geopolíticas ao redor do mundo.