Além das questões legais a serem resolvidas, como a aquisição efetiva do imóvel, várias etapas precisam ser cumpridas antes da elaboração do projeto do parque. Desde a análise do solo para definição da vegetação a ser plantada, até discussões de engenharia para viabilizar a revitalização do rio canalizado no subsolo. O prazo estimado para a conclusão de todo o processo e abertura do parque é até 2027, de acordo com o secretário.
A declaração de utilidade pública assinada pelo prefeito Ricardo Nunes, do MDB, permite tanto a compra do terreno quanto a desapropriação judicial. O acordo de aquisição já está firmado entre a prefeitura e o grupo Silvio Santos, proprietário da área, localizada em região central e valorizada da cidade, com custo estimado de R$ 67 milhões para o município.
O investimento na aquisição do terreno será custeado pela prefeitura, por meio de indenização resultante de um acordo com a Universidade Nove de Julho. A criação do Parque do Bixiga é fruto de uma longa disputa entre o Grupo Silvio Santos e o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, falecido em 2023, que idealizava a área como um espaço verde voltado à cultura e arte.
A inclusão do Bixiga no quadro de parques propostos pelo Plano Diretor de São Paulo, bem como a resolução de conflitos entre moradores e grandes empresas em relação a áreas destinadas a parques urbanos, evidencia a importância da preservação de espaços verdes e de lazer em meio a áreas urbanas para o bem-estar da população.