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Ministério Público investiga desmatamento irregular em fazenda de Michel Teló em Campo Grande, MS, e abre inquérito para apurar danos ambientais.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu um inquérito para investigar possíveis danos ambientais causados por desmatamento irregular na Fazenda Esperança, em Campo Grande, propriedade da família do cantor Michel Teló. De acordo com a autuação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), houve a remoção de mata nativa em uma área de 1,5 hectare, o que desencadeou a abertura do processo.

A fazenda em questão possui uma extensão total de 942 hectares e, conforme divulgado pelo próprio cantor em suas redes sociais, a família iniciou investimentos no plantio de soja. As imagens de satélite capturadas em abril do ano passado revelaram o desmatamento, que resultou em uma multa no valor de R$ 4 mil aplicada pelo Imasul.

A defesa da família Teló argumentou que apresentou um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (Prada) que incluía a Área de Preservação Permanente (APP) da fazenda. Alegaram também que a área a ser recuperada representava apenas 0,1% da propriedade, ressaltando que a reserva legal estava totalmente preservada.

Diante das medidas tomadas pela família Teló para regularizar a situação, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul exigiu a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Este termo inclui o pagamento de indenização pelo dano ambiental e a recuperação da área desmatada. Os detalhes finais do TAC ainda estão em fase de definição.

É importante ressaltar que a Fazenda Esperança aderiu neste ano ao programa MS Mais Sustentável, visando apoiar iniciativas de recuperação de áreas desmatadas. Michel Teló, que também é proprietário de uma fazenda de 14 mil hectares no Pantanal, se mostrou engajado em trabalhar em parceria com uma empresa de máquinas agrícolas para o cultivo de grãos em sua propriedade.

Em nota oficial, a assessoria do cantor esclareceu que a área autuada foi regularizada conforme solicitações dos órgãos ambientais e que toda documentação comprobatória foi apresentada tanto ao Imasul quanto ao Ministério Público. Dessa forma, a situação está sendo resolvida de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos competentes.

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