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Guia de Jornalismo Sensível: Orientações para uma Cobertura Responsável do Autismo e da Neurodiversidade

Um guia importante para jornalistas e produtores de conteúdo foi lançado recentemente pela agência Maya, com o objetivo de orientar sobre a forma correta de abordar o autismo e as pessoas autistas. O “Manual de Narrativas Atípicas” traz dicas fundamentais para evitar estereótipos e promover uma narrativa mais inclusiva e respeitosa.

Uma das orientações presentes no manual é não chamar a pessoa autista de herói, inspiração ou guerreira, pois isso pode dar a ideia de que o autista superou as expectativas, quando na verdade, o sucesso deve ser sempre uma possibilidade para todos. Além disso, é recomendado evitar o uso do termo “doença” ao se referir ao autismo, optando por “transtorno” ou “condição”, que são palavras mais adequadas para descrever a condição.

Outra recomendação importante é não falar sobre a cura do autismo, uma vez que se trata de um transtorno do neurodesenvolvimento que faz parte da pessoa desde o nascimento. O manual também aborda a importância de compreender termos como neurodiversidade e os diferentes níveis de suporte necessários para cada pessoa autista.

Paola Carvalho, jornalista e diretora criativa da consultoria Maya, mãe de uma criança autista, destaca a importância de tratar a neurodivergência como uma potencialidade e não como uma limitação. Ela ressalta que o objetivo do guia é abrir portas para uma geração que está chegando, que merece ser compreendida e respeitada em sua diversidade.

O manual foi elaborado com apoio da Tismoo.me e da Stardust, e conta com um glossário de termos comuns, além de 13 dicas sobre como entrevistar pessoas autistas de forma sensível e inclusiva. A ideia é oferecer um material que possa ser complementado e atualizado conforme novas pesquisas e descobertas no campo do autismo, continuando a promover uma abordagem empática e informada sobre o tema.

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