Protestos e confrontos marcam terceiro dia de operações policiais na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro

No terceiro dia de operações das forças de segurança no Rio de Janeiro, as comunidades da zona oeste foram palco de intensos confrontos e protestos. O motivo da revolta dos moradores da Cidade de Deus foi a demolição de construções irregulares de comerciantes na região.

Os ânimos se exaltaram e os moradores atearam fogo em caçambas de lixo, pneus e outros objetos para bloquear o acesso dos policiais às principais vias da comunidade. O confronto entre manifestantes e policiais militares foi inevitável, com pedras, garrafas e fogos de artifício sendo lançados contra os PMs, que revidaram com tiros de borracha e bombas de gás.

Os moradores alegaram não terem sido previamente autuados ou notificados sobre a ação, o que os deixaria sem seu sustento de forma repentina. Em meio ao tumulto, o ex-secretário municipal da Juventude do Rio e pré-candidato a vereador, Salvino Oliveira, foi agredido.

A Secretaria Municipal de Ordem Pública, com o auxílio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, realizou a retirada de 30 estruturas de comércio irregulares na Cidade de Deus como parte da operação Ordo, que mobiliza diversos órgãos estaduais e municipais.

Durante a ação, imagens divulgadas nas redes sociais mostraram o cenário de tensão, com fogo e fumaça densa em diferentes áreas. Um ônibus foi apedrejado, diversas linhas de transporte público tiveram seus itinerários alterados e uma unidade de saúde foi fechada.

No final do dia, o secretário estadual de Segurança Pública, Victor dos Santos, afirmou que a Cidade de Deus é um foco importante da operação, destacando a continuidade dos trabalhos, apesar das adversidades. Até o momento, 60 suspeitos foram presos e sete menores apreendidos, além de outras ações policiais realizadas em várias comunidades da zona oeste.

A operação Ordo continuará com o objetivo de identificar, investigar e prender criminosos em outras comunidades da região. A atuação das forças de segurança tem como meta proporcionar uma maior sensação de segurança e combater a criminalidade nessas áreas vulneráveis.

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