Um dos principais pontos discutidos foi a falta de acesso ao púlpito da Assembleia Geral para cadeirantes. A senadora ressaltou que o modelo brasileiro de acessibilidade, implementado no Palácio do Congresso Nacional, pode servir como exemplo para a ONU mudar essa realidade.
Durante a reunião, a equipe do Senado apresentou os estudos realizados para tornar o plenário acessível, um projeto que iniciou em 2006 e foi concluído em 2019. O diretor da secretaria de Infraestrutura do Senado, Nelvio Dal Cortivo, explicou que o trabalho foi feito com o menor impacto possível, levando em consideração as características do ambiente tombado pela Unesco, as necessidades dos cadeirantes e as normas de acessibilidade.
Atualmente, o Senado é um exemplo de acessibilidade, tanto nas salas de comissão quanto no Plenário. Desde 2016, a Casa conta com um Plano de Acessibilidade, que trata das ações relacionadas à promoção de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, conforme destacado pela diretora-geral da Casa, Ilana Trombka.
O arquiteto Santangelo destacou que a apresentação da equipe do Senado abrirá novas possibilidades e soluções de acessibilidade para a sede da ONU. As modificações na sede devem ser concluídas nas próximas semanas.
A iniciativa de buscar soluções para tornar a sede da ONU mais acessível teve início durante a 17ª Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (COSP) em junho, e desde então, as equipes da senadora Mara Gabrilli, do Senado e da ONU têm trabalhado juntas para abordar essa questão. A expectativa é que essas ações resultem em um ambiente mais inclusivo e acessível para todos.
